quinta-feira, 12 de junho de 2008

Especial: O pagode do Grupo Kalenda

Estava eu no El Divino Lounge há mais ou menos um mês atrás esperando pelo show nacional do Swing e Simpatia quando entra a banda Kalenda para abrir o show. Gostei muito do som e achei legal fazer uma entrevista para divulgar a banda. O grupo Kalenda toca em várias casas noturnas da grande Florianópolis e o integrante Fábio conta para a gente um pouco da história e dá dicas para quem está iniciando agora.


Leia Música: Como começou a banda Kalenda?


Fábio: Nossa história começou faz dois anos e meio, quando eu e mais dois amigos, que hoje não estão no grupo atual, deixamos de fazer parte de um outro grupo para fazer parte do KALENDA.


Leia Música: De onde veio o nome Kalenda?


Fábio: A escolha do nome foi muito importante, escolhemos ele por ter um significado bem legal, resumindo, KALENDA é o nome de uma dança africana que simulava o ato nupcial do homem e mulher, na época foi proibida por ser muito sensual. É uma dança originária do ritmo LUNDU ou O LUNDU e acredita-se que este ritmo tenha dado origem ao samba e ao pagode.


Leia Música: Como começou a divulgação da banda?

Fábio: Para conseguir entrar no mercado e ter hoje "o pouquinho" de credibilidade que temos, tivemos que tocar em festas particulares e em lugares que não gostávamos até encontrar um grande aliado que acreditou e acredita no nosso potencial. Foi o nosso empresário que nos deu apoio para ingressar nas grandes casas noturnas. Para a divulgação temos que contar com os flyers e propagandas da própria casa de show, até porque o custo que temos é alto para investir nesse detalhe também.


Leia Música: Como é a relação de vocês com as outras bandas locais?


Fábio: O Grupo Kalenda tenta sempre manter um laço de amizade com todas as bandas, prova disso é o nosso repertório, que no inclui uma estrofe de musicas das bandas locais.


Leia Música: Qual a dica que você dá para quem está iniciando carreira musical agora?


As bandas que estão começando, devem sempre ter um aliado ou procurar alguém que incentive e trabalhe para vender sua banda. Hoje o grupo kalenda é considerado o mais disciplinado e pontual, temos a cultura de chegar pelo menos uma hora antes de tocar para dar tempo de fazer tudo. Tem que ter também muita humildade, lembre-se de que ninguém é insubstituível, e por isso outras bandas podem ocupar o seu lugar. Procure também sempre se atualizar, colocar musicas novas e ter seu diferencial.


Assista ao vídeo do Grupo Kalenda durante apresentação no El divino Lounge:

terça-feira, 10 de junho de 2008

Especial: Clube da Luta, lugar da música catarinense

O local onde as bandas locais se reúnem começou com um evento em setembro de 2006. O objetivo era fazer com que as bandas e músicos locais mostrassem seu trabalho. Durante um ano as festas aconteceram no Espaço Fios & Formas e a partir de janeiro de 2008 passaram a ser realizadas no Clube da Luta Floripa, a Célula Cultural Mané Paulo.

O novo espaço é localizado no bairro João Paulo, às margens da SC-401 e próximo do Centro. O Clube da Luta é organizado e produzido por músicos, é uma festa de música, arte e variedade. A cada edição apresentam-se três bandas em shows de no máximo 40 minutos.

As bandas locais de Floripa gostaram muito da idéia pois é uma forma de conseguirem divulgar a música catarinense. Algumas bandas acham que é panelinha, mas vai de cada banda saber argumentar em prol da sua divulgação. A iniciativa é muito legal e no meu ver deveriam ter mais espaços assim. Várias bandas como Samambaia Sound Club, Dazaranha e outras já tocaram lá. Só podem ser tocadas músicas próprias e as bandas se esforçam para mostrar um bom trabalho.

Veja dois clipes de bandas que integram o Clube da Luta. O primeiro é do Coletivo Operante. O clipe é da música "Não vou parar".



O segundo clipe é da Rufus, uma banda que começou em 2003 e que já tem um CD independente lançado. “Maior que ontem” é o clipe de estréia da banda, totalmente produzido em Florianópolis, e que foi disponibilizado no início deste mês no YouTube, “canal” escolhido para divulgação.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Especial: Entrevista com Dazaranha

A banda Dazaranha se iniciou no ano de 1992 e tem muita história para contar, é uma das bandas mais conhecidas do estado e faz vários shows fora de Santa Catarina.

O Dazaranha ganhou o primeiro disco de ouro de uma banda catarinense com "Tribo da Lua." Isso incentivou os sete músicos a construírem seu próprio estúdio, onde foi gravado Nossa Barulheira (2004 - Atração), aumentando ainda mais o número de fãs.

Como a banda é bastante ocupada e quem vos escreve não poderia deixar de ter uma postagem sobre o "Daza" consegui falar com o vocalista Gazu e o guitarrista Moriel depois de muitas tentativas, eles falaram muito rápido sobre a música e o que acham das bandas locais.

Leia Música: Falei com a banda Samambaia Sound Club e eles disseram que têm dificuldades para fazerem aberturas de shows pois não são convidados. O que vocês acham disso?

Gazu: A banda que quiser abrir nosso show está convidada. Não temos porque negar, já passamos por isso também.

Leia Música: Vocês acham que a música interfere na sociedade?

Gazu:
A música faz com que as pessoas se sintam mais relaxadas, geralmente elas vão ao show para esquecer dos problemas e começar bem a semana. A pessoa se descontrai, se sente mais leve. Acho que se não existisse a música a sociedade seria um caos.

Leia Música: Qual será o próximo passo da banda?

Moriel: Gravar um DVD, pretendemos atingir São Paulo e Rio de Janeiro, para isso precisamos de um DVD.

Leia Música: O que vocês acham da pirataria?

Gazu: Somos totalmente contra, poderíamos fazer um DVD mais barato para não termos esse problema, mas iríamos queimar nosso filme. Queremos fazer um trabalho de boa qualidade e para isso precisamos de dinheiro.

Show da banda em Itajaí
Foto concedida por Lívia Bastos

Assista ao Clipe "Ô mané":

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Especial: Entrevista com a banda Samambaia

















Show da banda Samambaia Sound Club durante o Dream Fashion Tour na etapa de Florianópolis.
Foto concedida por Marcos Campos



A banda Samambaia que recentemente acrescentou o "Sound Club" passou por várias mudanças no último ano. A banda é uma das mais conhecidas do estado e participou inclusive do Planeta Atlântida, maior evento musical da América Latina. Segundo o baterista, a banda incluiu as duas palavras pois já havia uma banda no Rio de Janeiro com o mesmo nome e também porque já perderam vários contratos por os empresários acharem que a banda era de forró ou reggae.

A banda foi formada há quatro anos por cinco integrantes (André Guesser, Daniel Gomes, Thiago Gomes e Jean Mafra) que decidiram divulgar suas músicas. Começaram abrindo os shows de bandas mais conhecidas e hoje já têm até videoclipe gravado. O baterista da banda André Guesser concedeu entrevista por telefone falando um pouco sobre a banda:

Leia Música: André, você acha que as pessoas de Floripa acabam ouvindo sempre as mesmas bandas e estilos musicais?

Acho que as pessoas têm a mania de copiar umas as outras, mas isso é normal, acontece no país inteiro. Nós não gostamos de copiar ninguém, por isso fazemos aquilo que nos interessa e ponto final. Com relação às mesmas bandas, é verdade. Nós temos dificuldade de estar com as outras bandas. Tocamos de graça para abrir shows e mesmo assim não somos convidados, acho que deveríamos nos unir mais, isso enriqueceria o show.

Leia Música: Você acha difícil uma banda de Floripa fazer sucesso fora do estado?

André: Não acho difícil, o problema é que ninguém tem coragem de tentar, mas nós pretendemos sim divulgar a banda fora do estado.

Leia Música: Qual a dica que você dá para as bandas que estão iniciando suas carreiras?

André: Bom, em primeiro lugar tenha muita paciência, o início geralmente é bastante complicado. Em segundo lugar divulgue o máximo possível sua banda em festas de amigos, faça seu melhor sem esperar retorno financeiro e aos poucos você começará a se tornar mais conhecido. Esteja aberto a críticas construtivas e procure ser você mesmo pois couvers de bandas já existem milhares...

Assista a banda no Papo Clip Programa de Televisão de Porto Alegre

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Especial: Iriê dá dicas para quem está começando


Para aqueles que têm uma banda de "fundo de quintal" o Rô Conceição do Iriê deu algumas dicas de como alcançar o sucesso. Hoje em dia é muito difícil uma banda alcançar o sucesso e quando ele acontece é temporário, pouquíssimas bandas ou cantores conseguem ficar nas paradas de sucesso por muito tempo e por esse motivo muitas pessoas acabam desistindo do sonho de ser cantor ou fazer parte de uma banda.

O início geralmente é muito complicado pois você precisa de dinheiro para investir e ainda por cima não tem nenhuma garantia de que o valor investido lhe trará algum retorno mais tarde. Você precisa principalmente de muita garra, talento e força de vontade. Eu (Samantha) tranquilamente largaria tudo o que faço (trabalho, estudo) para seguir carreira artística, mas infelizmente a realidade é dura, o dinheiro é pouco e o trabalho imenso. Florianópolis têm vários artistas perdidos por aí é só dar uma volta nos barzinhos e você encontra muita gente boa. Pena que não se tem apoio dos empresários.

"Pra começar você precisa de algum talento, algum trocado e muita disposição. Arrume uns amigos com esses atributos e vá em frente. As bandas do momento e as músicas da rádio são um bom começo, mas não pare por ai. Escute o que quiser, aproveite esse direito. Não deixe que ninguém lhe diga do que gosta", incentiva Rô Conceição em nota no site oficial da banda.

Iriê é a banda de reggae mais conhecida de Florianópolis, o primeiro disco foi lançado em 1998 e desde então o grupo vem se tornando cada vez mais conhecido e admirado. O Iriê vai lançar nos próximos meses o primeiro disco produzido pela Warner Music, até agora seus CD's eram de produção independente.

"Faça você mesmo, da sua maneira, não copie ninguém. Num mundo tão globalizado e cada vez mais parecido, ser único é um trunfo", aconselha o cantor.

Foto de divulgação

Vídeo da música "Meu bem"